sábado, 10 de julho de 2010

Decroly - Material Didático

Segue abaixo a apresentação em powerpoint

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sexta-feira, 9 de julho de 2010

Biografia



Ovide-Jean Decroly
(Médico belga)
1871 – 1932

Ovide-Jean Decroly nasceu em Renaix, se tornou um médico belga. Foi considerado um dos grandes renovadores da teoria educacional na infância, ao lado de contemporâneos como a italiana Maria Montessori. Filho de Jean-Baptiste Etienne Decroly e de Justine Aimée Louise Soret.
Os primeiros anos da sua vida foram passados no meio de um grande jardim onde o pai o iniciou nos trabalhos manuais. Era um estudioso das realidades do mundo, foi um naturalista muito expressivo no seu tempo e a influência destas ideologias repercutiram-se na sua atuação profissional e na sua obra durante toda a sua vida.
Foi um aluno bastante indisciplinado durante sua formação básica, por exemplo, recusava-se a assistir aulas de catecismo e, assim, foi expulso de várias escolas. Iniciou sua vida acadêmica no curso de Ciências biológicas, manifestando grande interesse pelas investigações laboratoriais. Posteriormente formou-se em medicina e doutorou-se pela Universidade de Gand (1896). Depois estudou em Berlim e Paris (1897), especializando-se em neurologia.
De volta à Bélgica, instalou-se definitivamente em Bruxelas, e casou-se (1898) com Agnes Guisset, filha do industrial Jean-Baptiste Guisset, burgmestre em Renaix. Teve três filhos. Dedicou-se ao estudo da infância deficiente e fundou, em Uccle, um instituto para a educação de excepcionais (1901).
Fundou em 1907 uma escola, a École de L’ermitage, em Bruxelas para crianças consideradas “normais” e serviu de espaço de experimentação para o estudioso. A partir daí, viajou pela Europa e pela América, fazendo contatos com diversos educadores.
Participou ativamente na fundação da liga internacional de Educação Nova. Nomeado Professor de psicologia da Universidade de Bruxelas (1912), também fundou (1915) e presidiu a Foyer Des Orphelins. Também foi um dos fundadores do Cofondateur de la Ferme-Ecole de Waterloo (1924).
Sofreu seu primeiro enfarte (1930) e faleceu em 12 de setembro, dois anos depois, nos jardins do Institut des Estropiés da Province de Brabant (1932), em Bruxelas, onde era co-diretor.
Decroly sempre se negou a escrever uma obra fundamental que retratasse as suas ideias educacionais, por não considerar concluída a sua concepção educacional; receava que ao publicar as suas técnicas, elas se cristalizassem. Conforme ABBAGNANO e VISALBERGHI, o método de Decroly foi um dos mais revolucionários da história da pedagogia.
Na sua obra fica a ideia de liberdade, compreendida como iniciativa e responsabilidade pessoal e social, o respeito à singularidade de cada um, considerando-se a diferença. Decroly escreveu mais de 400 livros, mas nunca sistematizou seu método por escrito por julga-lo em construção permanente. Das suas obras encontram-se:
Vers l'école rénovée (1921)
La Méthode Decroly (1922)
Fonction de globalisation (1923)
Évolution de l'affectivité (1927)
Developpement du langage (1930)

BIBLIOGRAFIA
ABBAGNANO, N. e VISALBERGHI, A. (s/d) – História da Pedagogia, 2/ 4 vols, Lisboa, L. Horizonte
http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/OvidDecr.html

http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_2797.html

http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/primeiro-tratar-saber-forma-unica-423099.shtml

Grupo:
Ana Carla Hoffman
Denise Lopes
Mariana Coutinho
Patrícia de Paula
Thiago Andrade

Contexto Político e Econômico: Ovide-Jean Decroly

A Europa no século XIX presenciou amplo desenvolvimento tecnológico e industrial, que permitiu sua evolução econômica e a afirmação como o continente mais poderoso do mundo até a Primeira Guerra Mundial. Ao mesmo tempo em que crescia internamente, o continente se expandia para fora de seus domínios, conquistando terras, pessoas e novas riquezas na África e Ásia, numa reedição do colonialismo do Antigo Regime.
Os pensadores e intelectuais europeus utilizaram-se do conceito de ciência, tido como um saber superior e acessível a poucas pessoas. A explicação ficava clara: os europeus, donos da ciência e do desenvolvimento, se dirigiam àquelas novas terras para “salvar” suas populações do estado de barbárie e abandono em que estavam. Justificava-se o Imperialismo por meio de argumentos científicos, baseados na superioridade técnica e racial do europeu branco sobre o negro africano e o asiático: cientificamente falando, o europeu tinha o direito de dominar os novos colonos porque era de uma civilização mais avançada, dado o desenvolvimento que mostrava e o poder de seu conhecimento. Esta forma de se compreender o mundo, isto é, baseada no cientificismo que transforma as realidades sociais, frutos de uma certa ordem histórica que nunca é absoluta, em verdades absolutas e incontestáveis porque comprovadas pela ciência, tornou-se em pouco tempo a tônica de todo o pensamento do Velho Continente, espalhando-se para diversos campos do saber.
Renasceu a importância da Física e da Química como disciplinas exatas, por exemplo. Mas o caso mais destacado desse processo de construção de conhecimento é a transformação que ocorre nas chamadas disciplinas humanistas, a História e a Sociologia. Elas também vão incorporar a tendência cientificista, auxiliando a explicar o domínio europeu nas novas colônias e impondo novos métodos de se estudar as relações sociais e o andamento da História dos povos.

Entrando para o século XX, a Europa vivia num clima de paz, que proporcionava um ambiente confiante e racionalista, contudo esta conjuntura mudou radicalmente com o ressurgimento de crises econômicas e depressões. Apesar do triunfo da democracia e da revolução intelectual e artística operada neste século, no período compreendido entre as duas guerras mundiais desenvolveram-se formas autoritárias de poder, como por exemplo, o nazismo germânico. É neste século que nasci e cresce o imperialismo, regimes fascistas e a corrida ao armamento.
A Europa neste século entrou num clima de pessimismo generalizado e a mentalidade positivista do início do século deu lugar a um clima de incerteza e de instabilidade, provocado pelo estalar da Primeira Guerra Mundial, que trouxe a ruptura dos valores tradicionais e transformou o racionalismo em pessimismo. O desenvolvimento acelerado das cidades quebrou o equilíbrio mantido entre os meios urbanos e os meios rurais e alterou inclusivamente as formas de sociabilidade dentro das cidades.
A sociedade começava a mudar. As classes médias ganhavam poder numa sociedade massificada, onde as mulheres lutavam por direitos cívicos. As novas descobertas da ciência vieram abalar velhas certezas e abriram caminho à ciência moderna. Einstein, uma das figuras mais proeminentes do século, pôs em causa as teorias positivistas com a sua teoria da relatividade, arrastando consigo teorias ligadas ao indeterminismo. Outra das descobertas científicas importantes foi a Psicanálise, um campo da psicologia explorado por Sigmund Freud (1856-1939) e pelos seus discípulos Jung e Adler.



Referências Bibliográficas
http://auladeliteraturaportuguesa.blogspot.com/search/label
www.klepsidra.net/klepsidra7/annales.rtf
MATOS, A.C.; RODRIGUES,S.C.; SILVA, S. F. TEORIA PEDAGÓGICA: ATUALIDADE DAS IDÉIAS DE OVIDE DECROLY. 2004
CAMBI, Franco. História da Pedagogia. São Paulo: Ed. da UNESP,1999.
MARQUES, R. OVIDE DECROLY. Disponível em: http://www.eses.pt/usr/ramiro/docs/etica_pedagogia/ebook_hist_idpedag/Cap%2036%20Ovide%20Decroly.pdf
Biblioteca do Tempo. Disponível em: http://www1.uol.com.br/bibliot/linhadotempo/index6.htm

domingo, 23 de maio de 2010